Vita Hospital

21.06.2011

VACINAÇÃO OU IMUNIZAÇÃO DOS IDOSOS

Saiba a importância da vacinação na terceira idade

Algumas doenças infecciosas como as pneumonias, gripes e o tétano são
importantes causas de morte entre os adultos acima de 60 anos. As razões
desta ocorrência parecem ser multifatoriais: menor capacidade de defesa
imunitária nessa faixa-etária, causas relacionadas á fisiologia do
envelhecimento, aparecimento de doenças crônicas degenerativas (artroses,
diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças neurológicas como
Parkinson, câncer, entre outras), uso de medicações que afetam o sistema
imune, possibilidade de não ter sido alvo de campanhas de vacinação na
infância e adolescência .
Considerando o crescente aumento populacional de adultos acima de 60 anos e
a ênfase primordial para as medidas de prevenção e promoção á saúde nesta
faixa-etária, o gerenciamento de riscos dos fatores acima enumerados para as
doenças infecciosas imunopreveníveis citadas deve constar prioritáriamente
de Programas da Melhor Idade.
Esta população e seus familiares deve ser esclarecida dos benefícios
comprovados do recurso da vacinação contra estas doenças, mantendo-as em
dia, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde.

1-Vacina contra a gripe
A gripe é causada por um vírus denominado de Influenzae, diferente do
resfriado, que é menos grave, com sintomas mais fracos e causados por outros
vírus. Anualmente ocorre, no inverno, surtos de Influenza comum ou Sazonal,
podendo ainda ocorrer surtos por outras variações deste vírus, como foi em
2009, com o H1N1. Os sintomas da gripe comum ou de variações deste
vírus são agudos e mais incapacitantes e geralmente, constituídos por dor
no corpo, febre alta, dor de garganta, fraqueza e mal-estar geral. Um dado
epidemiológico preocupante é de que 90% das mortes atribuídas a gripe
ocorrem em pessoas com 65 anos ou mais, por consequência de seus próprios
sintomas ou por complicações secundárias como pneumonias. Esta ocorrência
está associada á gripe comum. A variação H1N1 acometeu e matou mais pessoas
de faixa etária entre 20 e 40 anos.
Desta forma é essencial manter atualizada, anualmente, antes da chegada do
inverno, a vacina contra a Influenzae ou gripe. Neste ano de 2011 a vacina
foi realizada no calendário vacinal público gratuito ou na rede privada, em
apenas uma dose, preferencialmente intramuscular, conferindo proteção para
a gripe comum ou Sazonal e contra o H1N1.

2-Vacina contra a pneumonia:
Esta vacina confere proteção específica contra a bactéria denominada de
Pneumococo, a qual costuma ser a principal causa de morte por pneumonia no
mundo. Este tipo de pneumonia é mais frequente nos idosos e geralmente
requer hospitalização para o seu tratamento com antibióticos e outras
medidas terapêuticas, com alto risco de mortalidade. Deve ser atualizada a
cada 5 anos, em dose única, na rede pública ou na rede privada, por via
intramuscular preferencialmente, podendo ser concomitante com da Influenzae.
3-Vacina contra o Tétano
O tétano ainda é uma doença muito comum nos países em desenvolvimento,
principalmente nos idosos, em função de que esta faixa-etária não foi alvo de campanhas de vacinação no passado e por apresentarem maior prevalência nas atividades rurais. A doença, causada por bactérias, ocorre em pessoas não imunizadas, imunizadas inadequadamente ou com baixa imunidade, atingindo os terminais nervosos, gerando espasmos e rigidez muscular.
A vacina disponível protege contra a difteria e o tétano, sendo atualizada a cada 10 anos, em três doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. O adulto que nunca foi imunizado ou desconhece quantas doses tomou, deve receber as três doses. Depois desta imunização básica de 3 doses, a cada 10 anos se faz um reforço com apenas 1 dose. É disponível no sistema público gratuito ou na rede privada.

Além destas três vacinas obrigatórias lembrar que, sempre que houver viagem para locais com alto risco de Febre Amarela, a vacina deve ser feita com 10 dias de antecedência, na primeira vez, e com três dias de antecedência nas viagens seguintes.
Outras recomendações de vacinas podem ser feitas pelo Ministério da Saúde, dependendo da situação epidemiológica de determinadas doenças infecciosas imunopreviníveis, no país ou em viagens para o exterior, como é o caso atual da necessidade de vacinação contra o sarampo, em viagens para os países da Europa, o que pode ser feito na rede pública de saúde.